Pode me chamar de Mamãe...

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Alou Descarga?!

    Acordar com a sensação de que não dormiu por ter em mente várias ideias de textos legais é realmente um absurdo, mas vamos lá. Hoje eu acordei exatamente me sentindo como a Raquel, personagem fictícia da Autora Lygia Bojunga, no seu livro denominado: A Bolsa Amarela (ótima leitura aí para que está atoa). Estou cheia de vontades...
     Vontade de escrever crescendo imensamente, assim como Raquel tem na história de Lygia Bojunga, então, passei o dia ansiosa por esse momento em que eu deixaria meus dedos correrem pelo teclado seguindo o fluxo de pensamento, mas antes que isso ocorresse vieram as obrigações...Os compromissos marcados. 
     Às 06h já estava de pé, arrumando para sair. Foi aí que a ideia surgiu, quase como um clarão, de que a terapia que frequento regularmente tem um mecanismo interessante...Ela alivia o peso das coisas que passam por nossa mente, quase como uma descarga emocional, como se o psicólogo fosse alguém que compadecesse da sua dor, das suas fraquezas e das suas merdas. 
     Alguém que tem o direito de sentir pena de você através da profissão, até porque o psicólogo comparativamente falando é o esgoto em que sem cerimônia despejamos o que não queremos guardar para nós. Sabe aquilo que você quer deixar ir pelo ralo ou simplesmente apagar da sua memória ou mesmo resolver internamente? Pois é.
     Normalmente as pessoas dizem que psicólogo é uma espécie de bengala emocional, eu discordo...Em partes, quanto a essa classificação preconceituosa de que serve como válvula de escape. Acredito que o trabalho do psicólogo é árduo e delicado, tendo seu extremo valor social. É esse alguém que te salva das loucuras que se passam na sua cabeça sem te julgar, é esse profissional que olha para você com compaixão e escuta as suas neuras sem filtro social, compreendendo através de uma simples conversa o quão interessante você é, mesmo que aparente ser uma pessoa problemática socialmente.
     Esse profissional que muitos desprezam por nunca terem ido a um ou por mero pré-conceito estipulado pela sociedade mais hipócrita que já conheci. Uma sociedade doente que tem manias de ditar o que presta ou não ao ser humano, o que é bom ou não, o que é padrão e o que não é. Será que a normalidade é mesmo algo que possamos chamar de normal? Que padrões são esses que seguimos e carregamos no peito como uma verdade absoluta? Olhe para o lado, veja além do horizonte. Não somos feitos para seguir padrões, para obedecer o senso comum ou se intimidar com pessoas malvadas que te puxam para o lado oposto da liberdade de escolha. Que ditam que roupas usará amanhã, que te dizem o que comer, quem namorar, o que fazer... Nada disso importa amanhã, porque o amanhã não existe e nunca vem.
    Temos o hoje mi bebe!  Então filho, aproveite e não seja como a maioria, que segue o senso comum achando que a vida é só isso. Tenha mais do que uma mera cabeça, seja inteligente e use-a de uma forma produtiva e que não sigam padrões só por seguir ou porque falaram para você segui-lo. Questione as pessoas, o mundo, a vida e o porquê das coisas. O que é realmente a coragem? O que vem a ser a dignidade? É o que as pessoas dizem ou um conceito interno? Muitas perguntas e nenhuma resposta. Porque a sociedade é burra e não sabe dá-las a você... Por isso eu nunca segui padrões e sou discriminada socialmente. Mas é melhor ter poucos amigos do que conviver na hipocrisia e falsidade. 


Mamãe ama imaginar você ;*







  

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