Pode me chamar de Mamãe...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Stop, tudo tem que ser no tempo alheio!

Mi bebe, 

Esse tempo que fiquei ausente no blog me fez adquirir experiências, até porque viajei, mas de lá te dei notícias... (quando dava para parar e escrever algo). Tudo é tão corrido e esses dias tem sido tão bons. Sabe, um dia conversei com uma pessoa que gosta da etimologia das palavras, acho que vou me especializar nisso, só parar realmente saber o que falo ou escrevo. Muitas vezes me parece tão vago...


... como agora....


Essa viagem foi extremamente proveitosa, aprendi que todos tem o dever de superação, de melhorar suas visões de mundo, e assim, tirar o véu dos olhos. Viajar te faz ter essa sensação e te da a oportunidade de compreender a vida com mais entusiasmo. Especialmente essa viagem foi proveitosa para ver a diferença de valores existente entre nações e, como isso é extremamente gritante e assustador. RESPEITO é a palavra de ordem nos lugares onde estive. (Fui para NYC, New Jersey e outras "cidadezinhas" próximas)...

RESPEITO. Não é só uma palavra bonita. Essa palavra vem do verbo em latim RESPECTUS, particípio passado de RESPICERE,  que significa “olhar outra vez”, de RE-, “de novo”, mais SPECERE, “olhar”. Essa palavra comumente utilizada e de uma maneira quase que desconhecida, dá a ideia de que algo que merece um segundo olhar, em geral merece respeito.

É como julgar, para se julgar não se pode fazê-lo pela capa. O livro necessita ser estudado e decifrado em sua essência, basicamente algo que as pessoas não fazem por pura preguiça e egoísmo. Estamos, e isso inclui a mim, a olhar para o próprio umbigo que não nos interessamos pelo universo do outro.

E quando fala-se em UNIVERSO DO OUTRO, bom, é necessário respeito não só com os valores e aspectos peculiares e sociais de alguém, mas tudo que  a engloba, como por exemplo, o seu tempo. Não de forma literal ou completamente específica, como costuma ser o dia-a-dia...Mas digo, o tempo de absorção de informações comuns, incomuns, sentimentais, sociais, complexas, simples... cada uma tem seu lapso de absorção pessoal.

Esse breve momento de interação íntima de consciência ou inconsciência das pessoas, que as fazem ter ou não senso crítico, ou alguma peculiaridade analítica...É, mi bebe, necessário se faz navegar em mares dantes navegados para entender que cada pessoa tem uma forma de absorção de ideias, valores e sentimentos... e que isso leva tempo.



Eu particularmente gosto muito do tempo, o acho um aspecto curioso e interessante e as vezes fico chateada com ele, muitos momentos ele me faz surtar com a vontade de pular momentos, fases e descontentamentos.... Mas no final, somos amigos, velhos e aguardando o momento certo. Afinal, há momento certo para tudo na vida.

Não me arrependo de brigar com o tempo de vez em quando, porque ele me ensina quando me vira as costas, quando me atropela e me faz sentir um desperdício de genialidade e carisma. Quando eu olho no espelho de manhã sempre dá a sensação de ter traído o tempo com a minha ansiedade. Atropelando os seus velhos ensinamentos de que é preciso esperar. Mas não uma espera vazia e completamente parada.... é como caminhar slow e assim alcançar o objetivo qualquer que se tenha. 

O tempo ensina que muitas vezes não adianta traçar objetivos, eles só dão certo se estiver no momento oportuno. E incrivelmente é bem isso mesmo. Observar o tempo e dar espaço a ele é como dançar forró agarradinho com o professor de dança gostoso, não se pode atropelar a música e pisar nos pés alheios. É mais interessante você se deixar guiar pelo professor e dançar corretamente.


Assim é a relação com o tempo. Ele te ensina pelo simples fato de exercer a paciência... Ahhh o tempo, com sua generosa habilidade de aplicar conceitos básicos à essência humana, ensinando princípios primitivos a quem deveria saber uma porção deles instintivamente. 


Desde que quando a ansiedade se tornou um sentimento capaz de aplicar nos instintos como pílula de esquecimento. Mi bebe, preste atenção no tempo, não deixa ele sambar na sua cara não! Corre atrás e mostra em quem comenda a dança. Saiba respeitá-lo como ser superior, professor, mestre. Mas saiba se impor quando necessário. Aprenda a observa o tempo alheio, porque quando se está a companhia de pessoas, seres diferentes e com absorções distintas, abra mão de si por alguns instantes e se equipare ao tempo do outro.


Stop! Para ser bom, para ser memorável com as pessoas, respeite o tempo delas. As observe, as deixe ir e vir como a Constituição Federal elenca... Só assim o tempo te valoriza, como um bom vinho, que te agrada depois de tanto tempo sendo esperado. O vinho bom é aquele com mais tempo nas barricas antes de ir para a garrafa, e mesmo na garrafa ainda ficam um tempo para apurar alguns elementos que o compõem, porque o tempo o ensinou que se preservar e esperar é importante para ter um bom sabor. Seja como o vinho, mi bebe. Se preserve e dê alegria aos outros por ser tão gostoso estar na sua presença.

O tempo alheio tem de ser respeitado, acompanhado, admirado.


*Mamãe te ama e te espera como quem espera o vinho ganhar sabor. ^^








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